Foto: Caterina Murino, Dona Flor e Seus Dois Maridos, Teatro Manzoni Milão
Foto: Caterina Murino © Teatro Manzoni Milão

Jorge Amado e suas “Mulheres”, fantasia do presente, o erotismo inocente por trás dos afrescos sociais da Bahia… Depois de Gabriela, cravo e canela, 1958, escreveu em 1966 um novo romance tendo como personagem principal uma mulher e sua esfera sentimental, Dona Flor e Seus Dois Maridos: se em Gabriela é descrito un amor fresco e sensual entre uma jovem e belíssima mulata sertaneja e um respeitável proprietário, natural da Síria, de um bar, tendo como pano de fundo a luta política pelo controle do cacau, em Dona Flor é mais forte a luta interior para o alcance da propria completude amorosa.

A adaptação teatral de Emanuela Giordano anima a trama narrativa conservando intatos a intenção e o texto do autor. O enredo é simples e mesmo assim muito sugestivo e magico: Flor( Caterina Murino), professora de culinária em uma escola de sua propriedade, fica viúva de Vadinho( Pietro Sermonti), um jogardor e alcoólatra que morre de infarto em plena rua depois de ter se fantasiado para o carnaval com o vestido de noiva da sua mulher. Pressionada pela mãe calculista e oportunista que não suportava o genro, é persuadida, finalmente, pelas amigas, a sair do seu proprio mundo feito unicamente de sua cozinha e recordações e aceita o cortejamento do farmacêutico Teodoro( Paolo Calabresi), um homem mais velho do que seu ex marido, porém mais pacato e religioso, e acaba se casando com ele. Flor encotra nelle o respeito e a serenidade che nunca teve, e acredita de haver alcançado a felicidade; todavia, depois de pouco tempo, o ser metódico e monótico de Teodoro faz com que flor comece a sentir, de novo, a falta de Vadinho, que aparece para ela como un fantasma invisível aos demais para cortejá-la e enfiar-se na sua cama. A princípio, dividida entre a fidelidade ao novo marido e a atração pelo espírito do segundo, decide finalmente pela propria completude amorosa com todos os dois.O pudor da alma fogosa e sensual de Flor é para Amado o verdadeiro objetivo, elegantemente escandaloso e provocante, contrário a uma moral que gostaria de ver sempre a sensualidade feminina represa.

Ótima interpretaçã dos três protagonistas, hilariante a presença em cena da mãe e em particular das três amigas de Dona Flor pela comicidade e ritmo. Hipoteticamente, o espetáculo pode assumir, até mesmo, outros níveis: aquele do episódio onde estão diretamente envolvidos Flor, sua mãe e seus dois maridos; aquele tipo cartuns, com performances que sugerem un chamado ao retorno do futurismo, das amigas intrometidas e fofoqueiras; aquele da cenografia enquanto simples e importante pelo sabor e cores, acompanhadas das músicas executadas ao vivo pela Bubbez Orquestra, que juntos formam a base decisiva para o estado de ânimo da protagonista tendo como fundo un Brasil que vive e pulsa com os seus aromas, melodias e paessagens, tela ideal para o realismo fantastico de Amado.

No fim, eis que surge a Grande Mãe Iemanjá, chamada Yeyé Omo Ejá, a rainha do mar sincretizada com a Nossa Senhora católica, festejada na Bahia proprio no dia da estréia do espetáculo no teatro Manzoni. Uma homenagem ao culto africano, que virou brasileiro, evocando toda a forza do amor presente nos cultos pagãos citados e defendidos por Amado em mais de uma ocasião, como em Teresa Batista Cansada de Guerra, 1972, onde aparece a figura de Iansã, outro orixá comhecido do Candomblé, religião afrobrasileira cultuada em outros países da America Latina.

Una peça que diverte com inteligência, onde todos os ingredientes da vida, como em uma boa cozinha, misturam-se sem excesso e predominância um sobre o outro, mas que se combinam para criar a justa harmonia como no ânimo de Dona Flor.

Avaliação ***

COMPANHIA MARIO CHIOCCHIO apresenta:

Dona Flor e seus dois maridos

Uma adaptação livre do romance de Jorge Amado

Com Caterina Murino, Paolo Calabresi, Pietro Sermonti, Simonetta Cartia, Claudia Gusmano, Serena Mattace Raso, Laura Rovetti

Direção e dramaturgia de Emanuele Giordano

Musicas originais executadas ao vivo pela Bubbez Orquestra:

Massimo De Lorenzi, Ermanno Dorado, Giovanna Famulari

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Cenografia: Andrea N. Cecchini

Efeitos visuais: Claudio Garofano

Coreografia: Juan Diego Puerta Lopez

Iluminação: Michelangelo Vitello

Caterina Murino veste Dolce&Gabbana

No foyer, exposição As Mulheres de Amado realizada por Patrizia Giancotti

Milão, Teatro Manzoni, rua Manzoni 42

Da 2 a 28 de Fevereiro de 2010

www.teatromanzoni.it

Traduzido por Giovana Ferreira Gagliano

 

versione italiana